Nome da Revista: Fronteiras
Classificação: B3
Dossiê Temático: HISTÓRIAS
MARGINAIS, ALTERIDADES E CRÍTICAS EPISTÊMICAS
Prazo: 31/10/2021
Titulação: Doutores ou
mestres.
A proposta desse dossiê tem como objetivo discutir a importância das histórias situadas dos grupos subalternizados e a forma como a colonialidade do poder se inscreve nos corpos marcados pelo gênero, raça e classe social. Os artigos que irão compor esse dossiê devem ter como eixo articulador as epistemologias do Sul e a perspectiva decolonial e responder algumas das seguintes questões-chave: O que significa pensar as histórias e as narrativas a partir das epistemologias do Sul? Qual é o lugar dos sujeitos subalternizados na perspectiva do pensamento decolonial latino-americano? O que significa construir e adquirir conhecimentos numa perspectiva interseccional que permite compreender as múltiplas opressões que vivemos? Que diálogos implícitos e que desafios epistêmicos fazem parte do pensamento situado latino-americano? Como construir pensamentos de fronteira como resposta crítica aos fundamentalismos e estabelecer um diálogo crítico entre os diversos projetos políticos/éticos/estéticos e epistêmicos? Como potencializar narrativas a partir de lócus geopolíticos e corpos-políticos de enunciação? Entre esses lócus de enunciação chamamos a atenção para o conhecimento produzido a partir de uma perspectiva negra e indígena das Américas e Caribe, como por exemplo o de Leila Gonzalez com categorias como “amefricanidade” ou “Améfrica Ladina”. Buscamos concepções de memórias, de histórias, de resistências que vão à contracorrente, que caminham por outros tempos-espaços e outras concepções de poder, de ser, de conhecimento e de natureza.
Essas questões são aquelas que desafiam um conjunto de autores/as da decolonialidade e abrem possibilidades outras para a produção de conhecimentos, especialmente os histórico-situados; para formas múltiplas de ser; para a valorização de saberes e fazeres diversos e valorização das experiências vividas. A partir das questões propostas para esse Dossiê buscamos a divulgação de conhecimentos libertadores e contra hegemônicos nos ambientes acadêmicos, nas salas de aula, na formação de professores, nos espaços educativos não formais, junto com os movimentos sociais, com a possibilidade de incorporar a experiência negra e indígena, não apenas na formulação de conhecimento, mas também na busca de soluções para os problemas que enfrentamos.
Essa é a esperança que depositamos no presente dossiê.