Nome da Revista: Revista Latitude
Classificação: B4
Dossiê Temático: "redes sociais em contexto da mudança - as relações de sociabilidade a partir das plataformas"
Prazo: 30/03/2022
Titulação: O(a) primeiro(a) autor(a) deve ter titulação de doutor(a)
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Texto da chamada
DOSSIÊ: REDES SOCIAIS EM CONTEXTO DA MUDANÇA: AS RELAÇÕES DE SOCIABILIDADE A PARTIR DAS PLATAFORMAS
Coordenadores
Joaquim Fialho, analista de redes sociais e investigador integrado do CLISSIS;
Valéria Macedo, bolsista de Fixação de Recursos Humanos do CNPq - Nível C;
Elaine Dias, pesquisadora do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie), e do laboratório de ciência das redes, inovação e empreendedorismo, ligado ao Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ e;
Larriza Thurler, pesquisadora do Centro de Referência em Inteligência Empresarial (Crie), e do laboratório de ciência das redes, inovação e empreendedorismo, ligado ao Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ;
Apresentação do dossiê:
O conceito de rede social é híbrido, complexo e passível de interpretações bem distintas de contexto para contexto. O conceito de rede social não é o resultado do processo de globalização, nem surge com a chegada da internet e, muito menos, é sinónimo de Facebook, Instagram, WhatsApp ou outras plataformas de comunicação virtual. O conceito de rede social tem o seu primeiro grande impulso com a sociometria de Jacob Moreno (nos anos 1930) e beneficia de raízes provenientes da sociologia, psicologia social e antropologia. Nesta linha, as redes sociais decorrem da dinâmica das relações que se estabelecem entre pessoas, organizações, grupos ou comunidades. Atualmente, as redes sociais online, redes digitais, redes virtuais ou redes sociais na internet, configuram um quadro de relações mediadas pela tecnologia digital e que divergem das redes sociais enquanto interações ancoradas em relações institucionais e pessoais. As redes sociais mediadas pelas estruturas digitais, são redes amplificadas, através das quais a “voz” dos seus atores beneficiam de um alcance incomensurável. O ser humano é eminentemente social e necessita do estabelecimento de interações sociais para a sua satisfação e integração num determinado grupo e/ou comunidade. Em oposição a este princípio elementar da vida em sociedade, a solidão surge como um estado de alguém vive afastado do mundo ou isolado do meio ou grupo social. Não pretendemos aqui construir uma tese maquiavélica sobre os consumos de produtos virtuais e a sua implicação direta nos processos de solidão digital. Porém, parece-me, que estamos perante um novo quadro axiológico de relações sociais que secundarizam a função presencial, o face to face. A sociedade das redes em que vivemos, e a força que as plataformas de comunicação virtual assumem nas sociedades contemporâneas, fazem com que os algoritmos funcionem como elemento estrutural e central na dinâmica do ecossistema digital, mapeando o alcance da sua influência. Hoje, vivemos no mundo das relações algorítmicas e somos meros seres numéricos, apanhados pelas teias da construção de mapas digitais em que estes refletem as nossas preferências, expectativas e interesses. A presente proposta contempla trabalhos inéditos no campo das ciências sociais que abordam aspetos teórico-conceituais, análises empíricas, panoramas e desafios colocados aos estudos das redes sociais, particularmente em eixos, como: capital social, redes de colaboração, gestão do conhecimento e as redes organizacionais, além das questões relativas à desinformação, fake news e o papel das redes sociais na sociedade de plataforma.
Recebimento de trabalhos até: 30 de março de 2022.
Previsão de publicação: Agosto de 2022 (referente a jan./jul.2022).