segunda-feira, maio 08, 2023

Revista Mundos do Trabalho: Vivendo nas minas: mineração e mundos do trabalho nos séculos XV-XVIII

Revista Mundos do Trabalho 

Classificação: A1

Dossiê temático: Vivendo nas minas: mineração e mundos do trabalho nos séculos XV-XVIII

Prazo: 30/08/2023

Titulação: O trabalho e os trabalhadores estão no centro da história da construção do mundo na época moderna. A mineração e a vida nas minas ocupam uma parte importante dessa história. Entre os séculos XV e XVIII, metais como o ouro e a prata foram cruciais para motivar e financiar empresas colonizadoras, bem como para possibilitar a circulação de trabalhadores, conhecimentos, técnicas e tecnologias em um mundo cada vez mais conectado. São conhecidos os números concretos do mercado global de mineração, as políticas imperiais/coloniais que tentaram regular estes processos, bem como os locais onde os subprodutos mineiros foram integrados nas cadeias de consumo. Ao contrário, as experiências de pessoas comuns que trabalharam e viveram nas minas continuam sendo um ângulo a ser consolidado. Por isso, este dossiê se interessa especialmente por uma história social da vida nas minas que coloca os trabalhadores no centro do debate.

Mais Informações: O convite é para refletir sobre as conexões e comparações entre o trabalho nas minas em diversas regiões do globo e, ao mesmo tempo, trazer à luz os trabalhadores das minas, suas vidas e relações cotidianas. Uma perspectiva que considera processos espaço-temporais mais amplos, analisando as intersecções entre projetos políticos, redes de indivíduos ou trajetórias de vida. Ao recortar os séculos XV-XVIII, busca-se ultrapassar a aparente oposição entre trabalho livre e escravo, voltando para as experiências dos sujeitos históricos escravizados, livres e libertos. A mineração é um lócus privilegiado de análise dos variados níveis de liberdade no trabalho-não-livre e as formas de coerção em sistemas de trabalho livre. Cabe questionar: como os trabalhadores viveram, foram tratados, remunerados, como eram transportados, como era a sua moradia? Havia uma divisão do trabalho de acordo com gênero, idade e habilidade? Ou ainda, o conhecimento técnico, a destreza em um ofício, ou ser homem, ou mulher eram fatores que diferenciavam suas experiências? Os trabalhos eram sazonais e seguiam que ritmos de produção? E, sobretudo, vale pensar como os trabalhadores refletiam sobre suas experiências, negociavam e resistiam à perda de seus modos de vida e privilégios. Por fim, como comunidades inteiras subsidiam o trabalho nas minas, é preciso compreender como foram afetadas, se as minas alteraram sua capacidade de acumulação e produção.

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