terça-feira, março 22, 2022

A Aceno – Revista de Antropologia do Centro-Oeste - "Patrimônio, Diversidade Sexual e de Gênero e Poder: interfaces, práticas e tensões contemporâneas"

Aceno – Revista de Antropologia do Centro-Oeste 

Classificação: A3

Dossiê Temático: "Patrimônio, Diversidade Sexual e de Gênero e Poder: : interfaces, práticas e tensões contemporâneas

Prazo: 01/03/2022

Titulação: Não Informado

Link para a chamada: Clique aqui

Acesso ao Conteúdo

É notório o renovado interesse pelos estudos sobre os patrimônios culturais nos últimos anos. A emergência do chamado Patrimônio imaterial somada a novos olhares sobre monumentos, objetos, museus, o espaço urbano, assim como as reconfigurações de disputas por memórias, passados e culturas impulsionaram toda uma gama de pesquisas e políticas públicas de cultura que vem impactando de modo decisivo as formas de olhar e agir sobre este campo. Também é notória a consolidação, no Brasil, do campo dos estudos de gênero, assim como daquele sobre a diversidade sexual, ao longo das últimas quatro décadas com temas diversos e abordagens múltiplas. Mas, o que dizer sobre a relação entre os patrimônios culturais, as perspectivas de gênero, as experiências da diversidade sexual e as relações de poder? Falamos de um território ainda pouco mapeado por ambas as áreas de pesquisas, noutros termos, as interfaces entre os patrimônios culturais e as questões relativas às expressões de gênero, experiências da diversidade sexual e relações de poder. Essas interfaces apresentam, por um lado, os múltiplos mecanismos, dispositivos, tecnologias, instrumentos, estratégias e símbolos das práticas de poder da governamentalidade estatal que agem para manter as coesões morais nas bases das ordens sociais vigentes. Por outro lado, essas interfaces apresentam também os múltiplos saberes, discursos e práticas de resistência aos efeitos daquelas práticas de poder.

Mobilizam o dossiê as questões a seguir: Qual é o panorama atual dos estudos sobre gênero e/ou experiências da diversidade sexual nos contextos de produção cultural, situações ritualizadas, festividades ou processos de patrimonialização? Que expressões, conflitos, tensões, silenciamentos e resistências perpassam esses campos em suas interações? Como estas questões impactam a reflexão sobre coleções, museus, fundos arquivísticos no mundo atual? O que este olhar pode nos oferecer como possibilidades de visualizar a produção de sujeitos e instituições no mundo contemporâneo?