quarta-feira, agosto 19, 2020

Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde - "Comunicação, Saúde e Crises Globais" - Até 08/09/2020

Nome da Revista: Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde

Classificação: B1

Dossiê Temático: Comunicação, Saúde e Crises Globais

Prazo: 08/09/2020

Titulação: Não informada

Link para a chamada: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis

Ao longo do tempo, a saúde tem sido palco de diversas crises globais. O advento de pandemias tem potencializado tensões societárias já existentes, impactando negativamente arranjos políticos frágeis, políticas públicas ineficazes, economias instáveis, desigualdades sociais e condições de vida precarizadas. 

Enquanto os vírus se espalham rapidamente por regiões geograficamente dispersas do mundo, os processos comunicacionais relacionados à saúde, doenças e cuidados assumem papéis fundamentais na construção social de representações, identidades e subjetivações. Ademais, os discursos midiáticos sobre as crises globais configuradas nos diferentes contextos pandêmicos evidenciam os arranjos capitalistas, regimes de moralidade, políticas de normalização de corpos e processos de disputas pela verdade em torno da ciência. 

Nas sociedades contemporâneas, as mídias se tornaram espaços fundamentais na construção social de crises e instabilidades. Considerando especificamente os contextos e especificidades de diferentes pandemias, como a gripe espanhola, o HIV-Aids, o ebola, a gripe aviária, a Influenza H1N1 e, mais recentemente, a Covid-19, podemos refletir de que maneiras as ameaças e consequências de doenças infecciosas propagadas em escala mundial têm sido articuladas por discursos midiáticos para a representação de pandemias como lócus de crises sanitárias, (bio)políticas, institucionais, econômicas, sociais e culturais. 

A partir de abordagens que envolvam os estudos da comunicação e informação em saúde, serão privilegiadas propostas de artigos originais relacionadas a resultados de pesquisas científicas que analisem contextos de crise, sejam endêmicos, epidêmicos ou pandêmicos, considerando os seguintes eixos temático: 


  • as configurações comunicacionais das crises globais em saúde;
  • as narrativas midiáticas na construção social das epidemias e das pandemias;
  • as disputas em torno da verdade sobre a ciência: pós-verdade, desinformação, desconhecimento, fatos alternativos e fake news;
  • os processos de politização da saúde e da ciência;
  • as representações midiáticas da identidade e da diferença nos processos de moralização da saúde;
  • os pânicos morais sanitários e as regulações de indivíduos e populações;
  • a estigmatização de grupos sociais, a regulação de hábitos e a normalização dos corpos;
  • as formas de comunicação nos processos de resistência articulados por grupos sociais estigmatizados;
  • as políticas e as estratégias de comunicação e informação na gestão de crises; 
  • as articulações entre comunicação, informação e educação na prevenção e no controle de crises sanitárias;
  • a informação científica e tecnológica em saúde como forma estratégica de produção de conhecimento;
  • o acesso à informação e a informação epidemiológica em saúde em contextos de crise.